A onça-pintada macho capturada na região do Pantanal de Aquidauana, suspeita de ter acatado e matado o caseiro Jorge Ávalo, já passa por exames no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande.
Segundo a veterinária coordenadora do CRAS, Aline Duarte, o felino chegou magro, com 94 quilos, quando deveria pesar 120 quilos, mas já realiza exames de sangue e outros exames para verificar a saúde do animal, assim como também exames que comprovam se ela ingeriu ou não partes do corpo do caseiro.
"Já estamos coletando material, nesse momento ela esta coletando sangue, fazendo raio-X, ultrassom, depois para ela ir a um recinto e acompanhar a parte comportamental dela também", cita Aline.
A veterinária ainda cita que fezes serão coletadas para confirmar se há material da vítima. "Essa parte da investigação fica com os órgãos competentes", acrescenta.
Conforme informações oficiais, o CRAS foi isolado como medida de segurança, não sendo permitida a entrada de pessoas não autorizadas.
A captura do animal foi realizada pela PMA com auxílio de pesquisadores. A surpresa foi pelo sexo do animal, já que se esperava que ele fosse fêmea, e não macho.
A morte de Jorginho, como era conhecido, causou comoção nacional e preocupação em toda região pantaneira, principalmente por conta da possibilidade de novos ataques, ainda mais após a onça ter voltado ao local da morte do caseiro.
O ATAQUE
"Jorginho" foi morto por uma onça enquanto tentava coletar mel em um deck próximo à mata, onde atuava como cuidador de um pesqueiro particular.
Segundo relatos de moradores e pescadores da região, o ataque ocorreu de forma repentina. Um homem, que foi ao local conversar com Jorginho, encontrou apenas marcas de sangue e vestígios da presença do animal. A cena encontrada foi descrita: "Só sangue. A onça comeu o caseiro", afirmou.
Créditos: Top Mídia